O arquiteto e urbanista brasileiro Jaime Lerner, que ajudou a desenvolver o sistema “Bus Rapid Transit” (BRT), que mudou a cara do transporte público em cidades ao redor do mundo, morreu quinta-feira. Ele tinha 83 anos.
Lerner ganhou destaque na década de 1970, quando foi eleito prefeito de sua cidade natal, Curitiba, no sul do Brasil, e lançou um ambicioso plano para reformar o sistema de transporte.
O BRT é baseado na ideia de que os ônibus – transportando os pobres em muitos lugares – podem operar na velocidade e capacidade de sistemas de metrô muito mais caros para construir, usando faixas exclusivas, prioridade para ônibus em cruzamentos e pontos de ônibus inovadores por projeto.
Com Lerner, Curitiba introduziu o que se tornaria um modelo para cidades ao redor do mundo, a rede integrada de transporte.
Seus parágrafos são os populares pontos de ônibus do metrô, com plataformas elevadas que facilitam a entrada e saída dos passageiros e um sistema pré-pago para máxima eficiência.
Foi imitado em mais de 250 cidades, incluindo Bogotá, Brisbane, Joanesburgo e Marrakesh.
Lerner também afirma que fez de Curitiba um modelo de planejamento sustentável, criando muitos espaços verdes e um programa avançado de reciclagem.
Foi prefeito por três mandatos (1971-1974, 1979-1983, 1989-1992) e foi governador do Estado do Paraná, cuja capital é Curitiba (1995-2002).
E no meio, ele escreveu vários livros sobre planejamento urbano.
Em 2010, a revista Time o nomeou uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
McKenzie Evangelical University Hospital disse que Lerner morreu de doença renal crônica.
Sua morte ocorre quatro dias após a morte do famoso arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, 92, que ganhou o Prêmio Pritzker de 2006, considerado o Prêmio Nobel de Arquitetura.

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