Ministro da Economia do Brasil favorece acordos individuais apesar da atual proibição do Mercosul

Mercosul está se tornando uma “ferramenta da ideologia”, disse Guedes
O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, disse na segunda-feira que o Mercosul vai se “modernizar” e qualquer um contra isso está livre para deixar o bloco.
Os presidentes do Uruguai e da Argentina já entraram em confronto sobre esse assunto em uma Cúpula Virtual do Mercosul. Desde então, eles parecem ter consertado as coisas, mas o Uruguai, no entanto, foi por conta própria buscar um acordo comercial com a China, que agora está sendo negociado.
Ao “modernizar” Guedes significava uma possível redução das tarifas externas, bem como permitir que os estados membros intermediassem negócios um a um com outros países ou blocos, o que os atuais regulamentos do Mercosul proíbem explicitamente.
Estes a aspectos de um Mercosul “modernizado” e endossado por Uruguai e Brasil, o Paraguai é parcialmente a favor deles e a Argentina se opõe abertamente a eles.
No caso da tarifa máxima sobre as importações do Mercosul, que atualmente é de 35%, embora em média 12% seja aplicada, o Brasil pretende que seu teto seja reduzido para 10%.
Por outro lado, o governo argentino preferiria uma abordagem mais moderada, envolvendo reduções moderadas e seletivas, pois estas são necessárias para que a produção doméstica se mantenha competitiva em relação às importações.
Apesar da posição da Argentina, ?nossa posição é avançar?? Guedes destacou em encontro virtual com um grupo de empresários, durante o qual abordou a situação atual do bloco.
?Não vamos sair do Mercosul, mas também não vamos aceitar o Mercosul como instrumento de definição?? disse Guedes, integrante do governo do presidente Jair Bolsonaro, que considera o presidente argentino Alberto Fernández um “socialista”.